Meu amor tu não te lembras
daquelas horas, das penas,
das ilusões que a vida tem;
das tristezas sem carinho
de tantas pedras no caminho
que o teu amor me deu também.
Trago tanto por escrever
muita coisa por dizer
na solidão dos dias vagos;
dou ao Fado o meu destino
e os meu olhos de menino
trazem sonhos magoados.
Se eu soubesse que esquecendo
apagava o que fui sofrendo,
acredita, seria o fim;
nunca mais me encontrarias
porque afinal tu não merecias
nem um instante de mim.
Ricardo Maria Louro