Sou um lápis de ponta fina,
Às vezes não sou eu, fico robusto
De tantas histórias que escreveu;
Algumas apagaram nas páginas frias,
Outras ficaram grudadas em nossas almas.
Sou um lápis querendo amar nossas carteiras escolares.
Lembro do seu carinho com quem sabia seus segredos,
Nem te ensinou que na vida há momentos de medos
Nem por isso deixam de nos ensinar. Belas histórias!
Um lápis pretinho de ponta fina, que escreveu na minha alma
Palavras que releio num pó preto que restou, depois do tempo
Ainda grudado nas laminas de um apontador, que como eu
Ainda vai escrevendo nas almas e relendo nossos sonhos
José Veríssimo