Perdi-me
no vício das palavras
e na cor das frases
que os meus lábios pintaram
eu deambulei
numa linha sem nome
num espaço vazio
que a virgula me fez respirar
As reticências do olhar
abriram no meu cerne
uma interrogação
ainda assim dei
mais um passo
e nos compassos
o som de uma letra
soprou no ouvido da memória
Nada mais é
que um poema
porque o poema
é o meu sentir
a minha emoção
onde perco o sono
deixo as palavras a dormir
no vício dos meus silêncios!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...