Trem difícil de entender é o relógio,
Ainda diz ser amigo e cuida da gente!
Vai marcando calmamente nosso tempo;
Como um velho violeiro, não desafina
e nos desatina, no fim da jornada...
sem lágrimas nos ponteiros, marca nosso tempo final.
Os relógios deveriam falar, nos desejar um bom dia, um tchau!
Mas os danadinhos tocam sempre o mesmo tic-tac,
Passam sempre pela mesma estrada do tempo
Nos tirando como testemunha cada segundo de nossas vidas!
José Veríssimo