Reflexão do Carnaval
No Brasil o Carnaval é uma festa primorosa, a mais amada e até odiada do mundo, pelas suas diversas vertentes, os que amam ficam desesperados para que não termine; os que odeiam, saem do sério, ficam enclausurados dentro da psicose, ódio à festa momesca.
Ser extremista nunca é bom, não existe verdade absoluta, precisamos analisar friamente os números e ver se a dita “Festa da Carne” tem a sua serventia, onde aqui em Salvador, o evento começa praticamente uma semana antes, na região da Barra, zona mais do que nobre da nossa capital.
Dizem aqui, que a melhor festa é justamente a que começa antes, menos pessoas, mais turismo para nossa soterópolis.
A grande dificuldade de muita gente aceitar essa festa, é muitas vezes sobre a questão da violência, num país que está dominado por esse sofrimento, de norte a sul; muitas pessoas ainda comentam que diante dessa crise toda, como fazer carnaval?
Só que esse evento, movimenta muito dinheiro na cidade, nosso “pequeno cabeçudo” que o diga, soube aproveitar o evento e fazer uma bela festa.
A nossa cidade está entre as mais visitadas nessa época, abaixo justamente do Rio de Janeiro, que tem um grande problema nas mãos, a má gestão, só para iniciar, mas não quer dizer que os nossos conterrâneos, estejam alheios a toda essa problemática, onde as duas escolas de samba, vencedoras desse ano fez um festivo relatório de todo sofrimento que passa o Rio e o resto do nosso país, onde aa letras serão temas para muita discussão e reflexão, mostrando todas essas mazelas pelo qual passa o nosso “gigante adormecido”
As escolas mostraram brilhantemente que Carnaval não é festa de alienado, infelizmente alienado tem em todos os eventos, até quem não festeja pode ser também alienado, alheio todos esses problemas nacionais.
Acredito que a nossa sociedade está mudando, devido a diversos fatores, inclusive a globalização é uma verdadeira revolução digital, as notícias caminham tão rápido que não conseguimos acompanhar, durante a questionável festa teve muita facilidade de informação, presenciamos atos jamais noticiados pela mídia, pois a mesma não pode estar em todos os lugares, a imagem é uma subjetiva reportagem, cada um vê e faz a sua reflexão sobre o Carnaval, onde muitas já oram, rezam, para que a festa não termine, outros imploram ao deus festivo, que não termine a gandaia, o mundo ilusório, pois após a quarta acinzentada, o “Gigante Adormecido”, desperta moderadamente para seus problemas.
Marcelo de Oliveira Souza,iwa