Poemas -> Dedicatória : 

Nunca esqueci seu amor

 
Nunca esqueci seu amor
 
Nunca entre tantas vozes vieste me ver.
Entre letras e suspiros, fui eu quem desejou te ter.
Você me iludiu com o gole de cachaça que respingou em minha camisola.
Bebeu meus sonhos, e foi tão cedo embora.
Amei os poemas, os livros e nem me dei conta, da realidade de sua vida mesquinha e egoísta de paisagem paulista...
Jamais serei a estátua de Nossa Senhora da Aparecida, em pé, imóvel e distante.
Teremos os risos e nos caminhos das madrugadas de jornalistas, nem comerei a pizza de tomates secos e rúculas da rua Augusta.
Você mostrou a bandeira de Portugal na embaixada
Ouvimos os cantos gregorianos na Igreja de São Bento e sussurros dos mendigos nas calçadas. Vivi todos poetas modernos e contemporâneos mas me lembrou os poetas desiludidos e esmagados pelas doenças de pulmão, fuma tantos cigarros ao dia, que nem me cabia em sua mão.
Fico eu e Cristina César a olhar de longe.
Poeta de ilusão.
Foi sem despedidas, cobrarei no céu e alcançarei todas as estrelas já cobertas por ti.
Amo a entrelinha que justificou toda essa experiência inexistente.
Amor, amar você sem nunca saber de ti.




Diana Balis

 
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DianaBalis
 
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