Das coisas que nunca foram,
Esta nunca foi o que deveria ser.
Com as mãos cruzadas,
Pergunta-lhe sobre o que não conversaram.
Você diz precisar disso a todo momento,
Quem dera fosse uma verdade.
Saudade dos tempos que nunca vieram,
Nunca souberam da mentira em seus olhos.
Nós andamos milhares de metros,
Paramos ao lado de lugar nenhum.
Em momento algum pensamos em algo além da matéria,
Uma discussão seria acerca do que não fomos.
Nós perdemos o que nunca tivemos,
Os pássaros cantam a canção que nunca compuseram.
Em uma outra realidade, talvez, sejamos algo além de nós.
Quem dera poder transcender quem eu sou,
Perder-me-ia em mais versos soltos.
O mundo é extremamente grande para bilhões de solitários,
Sou apenas mais um deles e tento seguir seus passos.
A solidão acompanha-me sempre,
Talvez ela acompanhe a nós todos
Tolos, estão todos perdendo o tempo com enormes insignificâncias.
Nasci, mas a cada dia que eu estou vivendo, continuo morrendo.