Em cada amanhã há um hoje para esquecer
Em cada hoje há um ontem para lembrar
Das sombras do sul e do norte
E as nuvens do vento passaporte
Da natureza nobre, dos dias sombrios
Há também a grandeza da sorte
Da sorte de poder ser e viver agora
De poder ver e ler a metáfora
Da nossa vida e da morte
Todos os contos encantadores que ouvimos ou lemos
Que falam e cantam
A rocha batida que jorra
Um amor encerrado na masmorra
O aço pisado que salta
Uma paixão na ribalta
A luz etérea do luar
De um adeus a acenar
De flores das Primaveras
De um mundo de quimeras
Que deixam na boca o gosto amargo
Da laranja agridoce
Que falam de uma vida de hoje
Como se ontem nada fosse
Como de a alegria fosse o correio da dor
E a paixão o correio do amor