Há tempos
em que nos sentimos como mortos vivos,
como quem já partira há muito
e se esquecera de deitar,
há tempos
em que nos sentimos solitários
como a lua a brilhar em um céu eterno.
Infinito e cheio de brilhoas longinguazmente
vazios,
há trempo
em que nos perdemos entre sonhos,
esperanças, desejos, sombriedades e estupidedez
humanas,
há também o tempo
em que iremos realmente morrer
nos deitar ao apagamento em que o absolutamente
nada vigora.
Antes porém,
que nos chegue este fatídico tarde demais,
escolhamos um tempo, um canto e um encanto
que nos permita, com sublime amor
e ardente queimor,
nos tocas os lábios
e apaixonadamente nos entregarmos
e nos beijarmos!
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)