Olho o fogo alaranjado
por de trás do vidro da lareira,
geme calor crepita sonhos…
Invejo o fogo
dele queria sentir
os loucos aromas de liberdade…
Há uma embriaguez que me cega
cansada de olhar…de sentir…
Tenho urgência de escrever
palavras brancas
nos fios soltos do cabelo
que dançam no vento invernio…
A neve caí
quero partir pela encosta,
partir para não ouvir
os ruídos da cidade que nunca dorme
Sufoco
E o fumo no telhado segue o seu rumo…
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...