Dou-vos todos os dias do ano,
Tudo aquilo em que haveís sonhado,
Fim de guerras, desses conflitos impossíveis,
Vida livre do cigano,
Raiva do homem enganado,
Paz assinada em papéis invisíveis.
Dou-vos as terras e os campos do mundo,
Arados para as desbravem e cultivem,
Bestas para que não sofram como os vossos avós...
Limpo-vos os pecados do pensamento imundo,
As dívidas daqueles que vos devem,
O vosso medo atroz.
Dou-vos voz e poder sobre a vossa vontade,
Sepulto-vos na vossa modesta ignorância,
Na estupidez que sempre me acompanha.
Entrego-me a vós, donos da verdade,
Senhores e doutores da ciência...
Ditadores de democracias sem vergonha.
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma