Poemas : 

Introspectiva I

 
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O conjunto abstrato das definições de quem sou eu.
O corpo é meu único atestado.
Atestado pleno de vida.
Biomedicinal. Essa verdade corpo.
O plano material para onde os olhos da mente se dirigem para ver e crer o que é e o que parece ser quem sou.
Eu me vejo corpo vivo ao longe, com os olhos da consciência.
Mas ele é mais que a visão de si mesmo, pensa a minha consciência, sobre o objeto visto. Tão próximo de identificar temporoespacialmente quem sou.
Então, a consciência pensa. Busca na garganta da mente palavras para explicar melhor a coisa à vista.
Eu acredito. Ele acredita, diz a consciência com a garganta profundamente inflamada.
Mas são muitas consciências fora do meu corpo-verdade.
Outros corpos, outras verdades.
Muitos deles conscientes de que já me decifram.
Diriam: ele é assim, assado. E eu ficaria perplexo porque não saberia dizer se sim ou se não.
Os ouvidos de dentro ouvindo as verdades alheias.
São verdades sinceras como os grãos de areia?
Eu sou poeira.

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Autor
thiagodebarros
 
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