MANHÃS E POESIAS
Pra decifrar estrelas cadentes
Adoto-me poeta sem versos
Ajeito-me no colo desse planeta
Sigo o vôo reto e calmo da gaivota
Pássaros afogados na imensidão azul
Que beijam o vento como mulher amada
Do todo eterno dia presente do amanhã
Amores são pássaros livres sem gaiolas
Diante do olhar ideal é ilusão esquecer
Quando o amor foge é a última página
Desse livro sem páginas chamado alegria
Arrancar melodia e poesia de um violão
São manhãs dormindo na minha praça
Rima das penas, ponto de luz imaginário
Imenso silêncio grita dentro de mim
Acorda poesia que viaja calada no olhar
José Veríssimo