Poemas : 

encontrei-te sempre nas noites mais frias a imprimir o fogo das salinas verdes

 
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Todas
as noites com o sol no teu arco de coentros
agitamos o javali das nuvens sempre inclinadas.
E, muito perto, o mar não é senão uma toalha de
violinos. Uma toalha. E, verdade depois, é que
eu já subi. Já subi muito ao teu encontro, e não
sei as vezes. Não sei as vezes. E, sempre às
vezes, foram as marés os testículos próximos
dos cravos que conseguiram perceber as colchas
de jade sopradas pelo mar: as colchas que abri
a vida toda ao curvar deste táxi. Ao curvar.
E sempre ao curvar deste que vai muito para lá
da espuma que os sinos come
çam a pedir à tua
volta, Meu
amor



Eugénio Trigo

 
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TRIGO
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Enviado por Tópico
TRIGO
Publicado: 27/01/2018 16:15  Atualizado: 27/01/2018 16:16
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 Re: encontrei-te sempre nas noites mais frias a imprimir ...
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.

as tuas mãos estão com o mar,

as de um

violino ainda tocarão meu amor


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