Prosas Poéticas : 

Estávamos tão perto...

 
 
Com suavidade a noite sútil esconde-se entre a
Farta escuridão feminil, radiante, tão juvenil
E nós ali num brutal momento de tempo adocicámos
Os desejos que comungamos num abraço sempre gentil

Estávamos tão perto…e quanto mais perto,mais se punha
Entre nós a lonjura da madrugada infinita, ausente, reservando-nos
Uma bebericante e corposa taça de silêncios quase congénitos e eremitas
Corroendo a paisagem da solidão subjugada,proscrita, furtuita

Devagar, muito devagar ergo a queixosa hora adiantando os
Ponteiros da tristeza a divagar pelos pútridos sonhos mais contenciosos
Onde em luto morre o tempo desacertado, indiferente…sequioso

O rio acordou na sua correnteza fiel amansando suas margens
Com beijos caudalosos desaguando pelo córrego da solidão frondosa
Espanando a luz emaranhada ao ritmo desta navegante ilusão tão vigorosa

FC

 
Autor
Frederico
 
Texto
Data
Leituras
602
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.