Debaixo da terra consigo sentir,
mentir para mim mesmo.
Não sou capaz de subir,
eu sei que nunca serei encontrado.
Negado por mim mesmo,
o esmo sempre venceu a partida.
De saída sempre estive do real,
natural é se sentir uma analogia.
Fantasia humana em ser verdade,
hostilidade contra minha própria pessoa.
Voa, alto como se nunca fosse voltar,
minha auto-consciência me abandonou.
Reclamou aquele que não possui nada,
a entrada da saída não pode sumir.
Fugir daquilo em que não crê sempre
foi minha especialidade em vida.
Partida interminável de jogos abstratos,
os retratos concretos nada falam mais.
Jamais pude saber o que eu fui,
por quê me atribui tudo isso?
Temos escolha senão seguir a maré?
Pois é, ás vezes nem eu me entendo.
Pretendo me buscar após o físico,
o metafísico me promete o impossível.
Inteligível e perfeito é o futuro de um
ser desprovido de presente.
Quem sente ou finge sentir? Ponha
as mãos na cabeça e se desespere.
Não faça isto, não ouça um morto sem
criatividade para escrever.
Pertencer a alguma coisa foi algo que
eu nunca consegui em minha vida.
A avenida dos dissabores sempre
me reservou várias surpresas.
Incertezas sempre guiaram o meu
caminho para o que era certo.
Estive encoberto em meu próprio invólucro
de estupidez e ignorância.
A culminância de toda a insignificância
foi o ápice da vida sem vida.
Proibida sempre foi a felicidade,
que um humano pode pedir?
Vou insistir, o ápice da felicidade
é a mais pura tristeza