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Rogério Beça | Publicado: 24/01/2018 18:08 Atualizado: 24/01/2018 18:08 |
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Re: Dilúculo
"... a ilusão de água pura
volta em ondas persistentes de ternura..." Bela a tua alvorada. Sou um apaixonado pelo mar, como muitos, e ainda não sei explicar porque não lhe escrevo mais. Em pausas certas fazes um poema que me agradou muito. Os versos, cujo excerto retirei e pus acima, alcançaram-me nessa ternura que falas, mas a ilusão de ser pura, potável, foi o que me trouxe ao comentário. Quantos náufragos não terão já caído na tentação de a beber? "O mar é hoje..." Creio que engenhosamente colocaste neste verso uma verdade que não escapa a ninguém: o hoje, o agora, é o presente. Uma dádiva e uma evidência de tempo. O mar é uma prenda que alimenta através da sua fauna (a pesca) e do ciclo da água que comanda. Num amanhecer, numa costa, o mar é também muito preponderante aos olhos de quem o olha... Os últimos versos fecham muito bem o poema. Gosto da simplicidade dos teus poemas. Eles trazem sempre algo mais para quem lê. Obrigado pela leitura. |