Diz-me onde fica as memórias dos olhares distantes
Diz-me onde fica os abraços de um sonhar demente
Despojaste-me das palavras
e das molduras que pintaste de rostos vazios, imortais
dos reflexos nus dos versos que esculpiste
Diz-me por andam os risos
no prazer das alvoradas
nas cenas faladas,
libertas de vidas mal vividas
Diz-me por onde andam os anos roubados ao tempo
em que a alma explodia em quereres cheios de tudo
e se dilatava a vida em componentes vivas
em belos festins da alma,
engrandecida
Diz –me por andas agora,
tu.... que um dia guardei e mimei
Espero que me diga aquilo que ainda não sei