Quando saiu da orgia, ainda era pobre
Deitou com o nobre, sem pretensões
De qualquer momento, sem outras vezes
E se perdeu dentro do palácio
Dentro da beleza de si perder
Da incerteza cruel do equilíbrio
Reis pedindo calma, rainhas almas
Escondeu suas mágoas na ultima gaveta
Subiu o morro da vila e deu tapa na imaginação
Como quem saiu da orgia, cheia de sem razão
Sem pretensões, sem outras vezes, nada mais
Na incerteza cruel do desequilíbrio real da alma
José Veríssimo