Meu corpo é um rio
Um caminho, por onde
Um passado insiste em passar
E vai seguindo contente
Dar sua volta pelo continente
Mas volta cantando e encantado
Conta novidades fresquinhas
E vai relembrando tantas pessoas
Que nunca foram passado
Meu continente é um caminho
Caminhando dentro de mim e do meu corpo
Com essas pessoas (que nunca foram passado)
Corpos sevados, bocas viciadas
Continente do tamanho da sua alma
Pessoas se banhando na nudez dos desejos
Sempre presentes, sonhos danados do acaso!
José Veríssimo