MODELO POÉTICO, "CORDEL EM OITAVAS"
Olhando pro infinito
O céu encosta na terra
Mas ao nos aproximar
Vemos que nos enganou
E outra visão desperta
Parece até um complô
Se a obra é completa
Foi Deus quem executou.
O mar quase não tem fim
Olhando se perde de vista
Mas as suas sutilezas
Nos remete a um artista
De obra fina e secreta
Como ninguém atinou
Se a obra é completa
Foi Deus quem executou.
Na constelação de estrelas
Muitas são luminosas
Encantam a todo mundo
Deságuam em verso e prosa
Na poesia concreta
A estrofe ganha sabor
Se a obra é completa
Foi Deus quem executou.
O trovão que nos assusta
Não é algo tão simplório
Capaz de ser copiado
Em mero laboratório
O relâmpago desperta
Um verdadeiro terror
Se a obra é completa
Foi Deus quem executou.
O vento que faz a brisa
Descamba em tempestade
A comoção nos preconiza
Um pacote de maldades
Com destruição dileta
A gente sente o pavor
Se a obra é completa
Foi Deus quem executou.
Nos desertos conhecidos
A extensão impressiona
Com tanta terra sem vida
Mas nisto a gente se engana
Pois criaturas seletas
Ali também germinou
Se a obra é completa
Foi Deus quem executou.
E nas geleiras polares
O mundo é diferente
Parece desagradável
Mas encanta a muita gente
O urso polar acerta
E ali foge do calor
Se a obra é completa
Foi Deus quem executou.
Na flora desconhecida
Na fauna já abalada
Em toda forma de vida
Sentimos nossas maldades
Mas o universo conserta
O que o homem detonou
Se a obra é completa
Foi Deus quem executou.
O mundo das bactérias
É muito impressionante
Na terra e atmosfera
Encontramos aos montes
Porem na medida certa
Estas nos trazem teor
Se a obra é completa
Foi Deus quem executou.
Uma coisa puxa a outra
E assim o todo caminha
Quem tiver medo da vida
Tem existência mesquinha
Nem tudo a gente acerta
Mas aprende onde se errou
Se a obra é completa
Foi Deus quem executou.
Enviado por Miguel Jacó em 20/01/2018
Código do texto: T6231527
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Miguel Jacó