Nome disso podia ser saudade
Saudade danada que ilumina a estrada d’gente
Que nos guiou enquanto vinham as primeiras palavras
Os primeiros medos e até os últimos segredos
Isso pode chamar Maria, Sebastiana, Ana ou Joaquina
Mas sempre será a lamparina, das noites de cantoria
De rezas, forrós, das fazendas, do primeiro gemido do gado
Ou testemunha única de casais apaixonados,
Mostrando amores loucos às claras
Lamparina à querosene não existe mais
Agora é a saudade que vai iluminando a gente
Tem sempre um pavio incendiando por dentro
Nos queimando e iluminando......
(Poema não concluído...)
José Veríssimo