Ontem foi um dia azul.
Caminhando beira mar vi o tempo nas folhas secas vindas de um quiosque qualquer...
Eu tentando esquecer um tempo passado e amado.
Ele com a força do vento batia na porta do meu coração.
Eu lutei pra não abrir.
Eu fui dura e joguei com força o meu corpo, dizendo que não.
E o tempo no vento insistente, conseguiu abrir - me, tendo a chave do meu coração.
Relutei. Fraquejei.
Eu chorei.
Ah, eu chorei...
Cedi às carícias do tempo,
Chegadas no vento.
Eu chorei. Eu gritei.
Eu disse, hoje não.
Você foi do tempo, a maior
marca, no meu coração.
Riu de mim, quando tentei e insiste ter você minha linda paixão.
Eu chorei...Eu sofri.
Quase morri de solidão.
E agora me vendo a sorrir,
se disfarça, mas como um vulcão, entra em erupção.
Você ri porque sabe passar...
Eu não.
Nesta tarde azul de verão eu chorei.
No fundo, sou uma eterna criança que não soube amadurecer.
Você pode e consegue.
Eu não consigo e nem vou poder.
Esquecer você.
Só o tempo para dar a resposta.
Quem fingiu. Quem mentiu.
Quem amou e chorou.
Se fui eu ou você.
Muitas vezes a verdade precisa do tempo para esclarecer.
Pode ser que um dia você me ligue ou procure dizendo:
Eu sempre amei você!
E eu vou te querer.
Pode crer!
Vera Salviano
Guarapari (ES)
14.01.2018
Vera Salviano
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