Enviado por | Tópico |
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Rogério Beça | Publicado: 15/01/2018 19:35 Atualizado: 15/01/2018 19:52 |
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Re: Água, quase nada
Somos feitos de mais de 70% de água. É sabido.
Gosto na primeira estrofe da nuvem, da água de ninguém em que o sujeito poético mergulha. Não há muita diferença entre essa nuvem e um lago ou um rio. Fazem parte do mesmo ciclo da água, ainda que de ninguém seja. "... sou de ninguém, como as águas e nada é tão de mim como as mágoas." Esta quadra aparentemente nada tem de especial, e a rima de mágoas e águas é previsível e comum, mas tem o condão de acentuar o teor melancólico a um nível, para mim, difícil de atingir. A penúltima estrofe condensa o poema, que nada mais é que água de ninguém, nuvem perdida no céu... Nunca é tarde, sobretudo para lembrar-mo-nos que onde há água, há vida. Muito bom! Bj |
Enviado por | Tópico |
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RaipoetaLonato2010 | Publicado: 30/01/2018 01:22 Atualizado: 30/01/2018 01:22 |
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Re: Água, quase nada
'das águas de ninguém,
descobri que o que me pertence é apenas aquela nuvem' Todo lindo. Destaco estes versos. |
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Enviado por | Tópico |
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Jmattos | Publicado: 17/02/2019 20:18 Atualizado: 17/02/2019 20:18 |
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Re: Água, quase nada
Poetisa
Mergulhei fundo: das águas de ninguém, descobri que o que me pertence é apenas aquela nuvem Sempre mergulhamos fundo nas emoções, nos relacionamentos. O outro é como água, não temos como segurar, nem como prever a profundidade do sentimento de alguém, podemos mergulhar e nos afogar ou descobrir que o outro era raso e nos machucar feio. O que temos é sempre a nuvem de incerteza, a sombra da dúvida. Desculpe se divaguei! Gostei imensamente do que li! Beijos! Janna |
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