suicídio

Não há como me decidir: coragem ou cobardia?
Falas dum acto intemporal, incómodo, que vai afectando a sociedade em todas as gerações.
Tirar a própria vida, ainda que "...num impulso..." alimentado pelo "...desespero..." não é fácil. Acho.
"...Sem frio
vai na liberdade de querer ir..."
Belos versos que tornam esse decisão a última liberdade de quem a toma. Quer seja guiado pela sociedade, por casos severos de depressão...

Toda a mancha gráfica é um pouco curta. Torna os versos com um ritmo rápido.
Simultaneamente leva-me a pensar se não terá sido com o intuito de reforçar a ideia de que o suicídio encurta a vida.

O "...aceno da partida..." faz-me "uma partida" um pouco pessoal porque apesar de ver a mesma como algo que se parte, como um adeus, e definitivo, fez-me pensar na linha de partida. Um início.
Como se a transcendência ( da qual discordo) fosse abordada.
Gostei muito.
Obrigado pela candura.

Bj

.

Apenas o aceno de quem vai definitivamente.
Lindo, triste, real.
Bjs

Como tão poucas palavras podem descrever tão bem um comportamento compulsivo?!

Muito interessante o ângulo que você usa para descrever (muito bem por sinal) a agonia, a angústia que leva ao ato de impulso, que resulta na própria morte.

Muito bem escrito.

...o trespassar de uma alma atormentada, que não era sua! Dor!
Para reflectir, um poema perfeito e conciso. BEIJINHO Vó

Zita,

Fica a doer a descrição assertiva e poética.

Bj
Nanda

A pessoa que comete o suicídio não quer tirar a própria vida...
Quer dar um ponto final a sua dor.
Ray Nascimento