Normalmente a genialidade
não se liga ao que as pessoas
vão gostar ou não. Disse Leo
após ler um dos meus contos.
As vezes acho você genial.
Obrigado. Respondi.
No outro dia, Tony me chamou:
Por favor, me ajuda
quero morrer.
Porque? Perguntei.
Não dá pra confiar em ninguém. Vanessa me traiu
desgraçada
vagabunda
que odeio.
Vou bater nos dois
ela mesmo que me contou.
Tony. Intervir. Deixa isso pra lá
não fala mais nada
não se rebaixe.
Quero que se foda
vou bater nos dois.
Tudo bem, continua fazendo
papel de trouxa. Respondi.
Cansei, Henrique.
Deixa isso pra lá.
Não conta isso pra ninguém.
Disse Tony.
Tá. Respondi, ele não disse nada sobre escrever um poema.
Sua consciência está limpa.
Tentei acalmar a situação.
Pensa assim e deixa
com que a consciência dela
a corroa
não fique se lamentando
não vale a pena,
bola pra frente
e principal, Tony, não guarde
ódio,
tenha seu tempo para superar
mas não tenha ódio dela.
Tony ficou um tempo sem responder.
To com raiva. Respondeu Tony.
Mas tipo, vou conversar com ela
não vou bater em ninguém.
Você vai conversar com ela e voltar,
ela vai falar que foi sem querer
e pronto.
Não sei. Respondeu Tony. Acho que não.
É o mais provável para mim.
Respondi. Não estou falando
que seja errado.
Voltar não é errado
é burrice.
Concordo, mas quem não é burro enquanto ama, né.
Sim
e eu a amo…
pior de tudo é isso.
Meus pêsames
ou força. Respondi, finalizando a conversa.
Genial, tudo isso, simplesmente genial.