Em espanto e dor,
aquele sublime e eterno amor de outrora,
que tantas e tantas vezes
nos (per)juramos,
padeceu no último adeus,
juntamente com todas as quimeras que sonhamos
e com todas as esperanças
que engravidamos:
e até hoje,
quem se nos passa vê
[aos chãos do cais abandonado],
sem entenderem por quê,
os caóticos resíduos
des asas quebrados, des cinzas molhadas
e de destroços espalhados
por todo lado.
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)