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Rogério Beça | Publicado: 30/01/2018 11:33 Atualizado: 30/01/2018 11:35 |
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Re: Sem dizer adeus
Poema cheio de pausas.
Pontos a cada dois versos. E versos curtos, interrompendo o pensamento/sentimento. Começa com um parenteses recto, justificando o poema, mas deixando claro que este não é uma forma de retração, nenhum pedido de desculpas, mas um anseio. Numa primeira quadra, as palavras sendo mortas (boa metáfora) há um cessar do diálogo, ou dum monólogo com outro interlocutor, ou a simples vontade de comunicar. É dramática tal opção (ou não), desistência. A estrofe seguinte, mais longa, prolonga a ideia nos "...cadernos esquecidos/ nas gavetas..." (fechadas?). Esperam. Palavra curiosa, apesar de conjugada no pretérito imperfeito. Vem daí a esperança. Gostei muito dos versos da última estrofe, que conferem ao poema muita beleza. Abraço |