Noturna rosa de outrora,
por que não levaste contigo o cheiro
de teu corpo e de teu perfume
embora?
Borboleta mágica
que dominava até os mitos e os heróis
mais poderosos e que seduzia até
os deuses mais sublimes
deixando-os
bêbados de amor e de desejo
por que ao cão niilista também fez
voar em falsas glórias?
Lilith,
dominadora do averno e de paraísos,
onde frágeis anjos eram feitos
indefesas vítimas;
Ana, linda e pura Ana,
na outra ponta extrema
de sua bipolaridade
maldita,
por que
me ofucaste com a luz que carregavas
às mãos e aos olhos,
e me mataste
com as sombras que trazias
escondidas na bolsa que, pendurada às asas,
carregavas?
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)