Insensata poesia
Em instantes o teu corpo
inteiro
escaldante e brejeiro
enlaça com a mão impura
O meu rosto, meus braços, meus seios
mas com tanta candura
que me perco em devaneios.
Atônita e maliciosa criatura
Ardente sol vermelho em meu cativeiro
e é todo faminto
que desfila pela casa toda
e pula
em cima da cama
não silencia e me chama de dama
e
passam segundos intensos,
sedentos como se não fossem os primeiros.
Mas sei que o tempo
não passa
na minha pele emudecida e devassa
e por mais que eu faça
está entorpecida
vencida e
na confusão dos meus desejos
embebida em teus cheiros
e pulsante em teus beijos
que falam de um amor verdadeiro
que se houve um dia
se perdeu
nas metáforas
dos versos desta insensata poesia.
SorrisodeRosas