A noite cai sempre de igual maneira
Sempre o mesmo para ti e para mim
Mas esta... esta é não! É menos igual
Se a virmos com os olhos de criança
Junto à árvore, prendas e brincadeira
Lá fora desejos, estrelas e neve sem fim...
Já é Natal! Pois sim, já é de novo Natal
Esse dia em que se finge a esperança
Ainda há pobres que dormem nas ruas
Meninos que ainda brincam com armas
Tantas lágrimas de mães, outras de pais
O chão dorme queimado sem memória
Homens ricos que deixam famílias nuas
Guerras, mortes , sangue e mais armas
Na história que se repete todos os natais
Canta-se ainda Gloria nesta vida inglória
Mas um dia tudo vai acabar assim
Os olhares das crianças vão vingar
Desabrochar por entre a vergonha
Por entre esses campos esquecidos
Renasce de um sorriso um jardim
Todos lembram como é bom amar
Que este futuro também se sonha
Nestas noites, de olhares perdidos
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma