Dizemos gostar,
dizemos amar, juramos lealdade
na saúde e na alegria, na doença e na morte,
ao companheiro que escolhemos
para morar,
dizemos não mentir,
mas já mentimos dizendo ao dizer
que não mentimos,
dizemos respeitar o corpo
e a alma alheios, mas francamente,
mesmo sem nos darmos conta, o que queremos
deles são satisfazer nossos
próprios desejos;
o que comprova
o criador de Zaratustra, com seu niilismo
frio e decadente: “Amamos o desejo,
não o desejado”!
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)