Meu menino magrelo
Doce milho amarelo
Corpo sabor farelo
Quando te devoro em elos
Meu menino poeta
De tal alma discreta
Dessa cena pateta
Te saboreio em favos
Meu menino violeiro
Monta corpo celeiro
De longe meu faroleiro
Prego-me solto em teus cravos
Da tua luz faroleiro
Da tua alma discreta
Do teu sorriso amarelo
Te decifro em contas dos avos
Como-te em favos
Conto-te em elos
Saboreio-te num beijo louco
Como o sabor de todos os bravos
José Veríssimo