Amai-te tanto e com grandioso zelo...
Com tamanha ternura dei-te o universo!
Que por querer-te não aguei as flores
Em terras infecundas, jazem meus versos.
Porque então, cruel, ofereceste-me a boca
Para tão depressa negar-me teus beijos?
Se não era para acalentar meus anseios
Porque então, despertar em mim desejos?
Foste impiedoso com minha louca entrega
Mostra-te-me o céu de luar e estrelas...
Para depois abandonar-me à escuridão
Hoje versejo só melancolias e solidões...
Em desalento canto tal qual o pobre uirapuru
Mataste em mim os sonhos. Sou desolação!
Elisa Salles
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