A beira-mar
O mar fazia pequenas ondas
Na serenidade do vento
Contemplava aquela criação
Cheia de acção
Até o seu interior vi
Vi pelo seu tom cristalino
O mover te tudo
Foi quando pensei
Se existe uma criação
Que simboliza o poeta
Esta criação é o mar
O vai e vem das ondas
Deixam sinais na areia
Que marcam sua presença
Como palavras que vêem da alma
Denunciar seus sentimentos
A água em cristal
Em que tudo se observa
Tem como cortina no seu olhar
Que faz o coração transparente
Abertas aos raios de cada sol
Sua postura serena
Agitada pelas correntezas da vida
Disponível ao tempo
Num espaço completamente livre
Faz o mar no seu todo
O poeta é como o mar!