Canta o Uirapuru no galho da castanheira
Canta a virgem de saudade do mancebo
Canta o amante em fiel segredo
Canto eu meus versos
Espalho-os pelo universo
Sem pretenção de ser poeta
Vou em linha reta e
apenas canto...
... E por onde anda meu encanto?
Perdeu-se em algum canto
Das noites mal dormidas
Do beijo que não veio
Do jardim sem floreio
Da dor do desengano
Do desamor cruel e profano.
Canto eu em poesia
Adormece a agonia
Engana a noite fria
Palavra oca e vazia!
E ainda canta o passarinho lá do alto do arvoredo
... Canto eu todo o meu medo
neste poema mal rimado, cansado e
de feio enredo.
Elisa Salles
(15/12/2017)
![Open in new window](https://scontent-gru2-2.xx.fbcdn.net/v/t1.0-9/25289265_1505537132901115_5678107397133433252_n.jpg?oh=3eb250670cfadb84983f1ba99ce9e8fd&oe=5AC9A71B)
Fonte da imagem: Pinterest