Entrou o silêncio em mim
Encravou-se nas prateleiras do tempo
Onde arrumo, palavras dóceis arquivadas
Na memória ávida balouçando cativa e avivada
Quando quero evoco outras lembranças adornando a
Oficina da minha poesia qual alimento desta mecânica solidão
Que trafega num mar de ilusões repentinas ressuscitando para
A vida enfeitada de doces alucinações tão genuínas
Mui precioso e confidente se tornou este silêncio pois
Nele me embrenho sempre mais reincidente emprestando
À airosa madrugada este verso que em ti se exila inapelavelmente
Caminho pelos labirínticos sons da noite que desabito
Abruptamente buscando a essência da esperança que
Assim depois caduca tão absurdamente
FC