Poemas : 

SEM MENTES

 


Em que pese a dor e o amor
Nas entrelinhas do viver
Quisera ser o seu querer
Brisa na proa do alto mar
Nesse tormento navegar
De ondas soltas e revoltas.

Na imprudência de dias soltos.
Revoltos pássaros das águas
Que circundam dias atuais.
Onde o perder nada mais é
Que o insano não pensar.

Eu penso o dia de um ontem
Já passado a perder.
Fruto das mãos de quem
Da terra levantou o ninho.
E que sozinho na aparência
Disfarçada
Rompe a dor lacrimejada
De um peito forte sem norte.

Pobres afins de dias sem fim.
Noites gritantes de espadas
Cortantes. Mórbido medo.
De um segredo revelado
Lá nas terras de um passado.
A onisciência de cabeças
Mal pensadas, fez do atual
O tempo apocalíptico.
Tolas mentes enlevadas
De certezas.
Triste fim para o humano,
A natureza revolta e solta
Pelos confins de agora.
Pobres animais que choram.


Vera Salviano

 
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verasalviano
 
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