Sinto falta dos teus beijos aveludados de mel
Das tuas mãos de pedra, pesadas e sublimes
Da tua pele com gosto de sal de maresia e céu
És o pecado que em mim transgride e redime!
Anseio por ti com o corpo trêmulo de ânsias
De banhar-me na tua saliva morna de amora
De ser para ti lacunas, brechas e reentrâncias
Onde varres a luz na escuridão que evapora...
Não te demores à minha cama amado eleito
Deixa que eu seja para ti a guerra e a trégua
Quando enfim, farta, adormecer no seu peito.
E então cessarão todas as minhas saudades?
Não!_ Pois no ato ínfimo que de mim se vai
Cada segundo da tua ausência é eternidade!
Elisa Salles
(11/12/2017)
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