Lá fora chove.
A natureza ajoelha
E agradece.
Tudo é prece.
Aquieto no ninho.
Relaxo e penso.
Quanto solo rachando.
Quanto falta de milho
No paiol,
Pelo excesso de sol.
As plantas sorridentes
Tomam banho.
A alegria é tamanha,
Que me contagio.
Nem sei se choro
Ou sorrio.
Vou me desligar
Do mundo.
Tirar férias no Amor.
Vou me cobrir
Com o silêncio
Mas só sonhos
De amor. Só de Amor.
E chove no meu coração.
E vai minando toda secura.
Vai rompendo essa casca dura.
E me libertando!
Vera Salviano