Meu amado…
Tenho um nó atado na garganta…apertado,
Que aprisiona o que a minha mente expele,
Uma dor no peito que me corrói…
Uma inquietude que brota em cada poro da minha pele,
Desassossego que a minha paz destrói…
Saudades tuas meu amor…
Saudade…
Se eu a libertasse do meu peito…com um GRITO…
Atordoaria a Humanidade!
Se do meu peito trespassasse…a luz que o meu coração irradia,
Jamais haveria escuridão, seria eterno o dia!
Se este amor que sinto… de mim fosse expelido,
Embateria nos confins do universo…
Regressando em forma de eco…ensurdecedor,
Fazendo brotar dos olhos dos anjos…lágrimas,
Que se converteriam nos mais graciosos versos…
Criando, assim, o mais belo poema de amor!
Costumas dizer que o amor que sentes por mim te alimenta,
Hoje digo-te que quem ama da forma que eu te amo…
Nada teme, tudo enfrenta!
Não é ilusão…nem engano.
Amor poderoso…infindo, que avulta de dia para dia…
Fazendo brotar em mim felicidade…incalculável alegria!
Sonhara eu que um amor assim pudesse abundar em todos os corações!
Pois não só me alimenta,
Como tem força suficiente para alimentar todos os Homens,
A própria vida em si…durante gerações!
Contudo pergunto…
Então o porquê deste aperto, aflição…deste inquieto sentimento…
Que por momentos lateja, dói tanto, que sinto que não aguento!
Esta ansiedade que me consome…de tanto te querer sentir.
Ás vezes só me apetece mergulhar nas nossas recordações,
E não mais sair…
Sonhando, e enquanto aguardo a tua chegada…queria simplesmente dormir!
A resposta: SAUDADE!
Se eu a libertasse do meu peito…com um GRITO…
Atordoaria a Humanidade!
Se este amor que sinto… de mim fosse expelido,
Embateria nos confins do universo…
Não! … O universo não tem fim…ficaria perdido…
Deambulando no espaço e tempo…disperso…
Eternamente!
Mas sempre que alguém por saudade uma lágrima derramasse,
Por minha vontade…
As estrelas se uniriam…e no céu escreveriam…
AMO-TE HUGO! DE TI SAUDADE!
Sinto-me um pássaro engaiolado…
Uma alma aprisionada…
Não entendo…o porquê de Deus me separar da minha metade…
De me deixar adormecer e acordar com a saudade…
Que mal terei feito eu? Que pecado?
Se é que é Deus que me separa…ou será falta de vontade?
Sinto-me incompleta…inacabada!
Inacabada sim…
Mas desanimada? Vencida…ou infeliz?
Jamais!
(Vania B.)