Despertei dentro de um eu
que desconheço…
observo cada gesto
cada palavra
em nada me (re)vejo…
Quis silenciar tudo
não dizer nada…
em mim não mandava
e nada dominava!
As palavras caiem-me do olhar,
perdido o olhar
vestido de medo…
Ferida…feria…
Que dor é esta na alma?
Ou será o corpo a (re)clamar?
Não, não (re)conheço
este despertar
quero partir e aqui não ficar…
Quero não ter medo,
só pode ser medo este sentimento,
quero viver o segredo de ser paz!
Quero daqui sair e não me abandonar…
Despertei num eu tão confuso,
existe mesmo este lado lunar
onde me sinto a naufragar?
Vou pensar…meditar,
até que o meu corpo se vista da alma
que não quero abandonar!
Desconheco(-me)
neste estado de alucinação
sem poesia no coração
e paz na emoção…
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...