Sou de um povo que vive o fado
Apregoado no sangue de um legado
Em versos partilhados com entoadas vozes
Pregões que ficam para lá do tempo,
Poetas, trovadores, guitarristas e cantores…
Versos de amor, fados de comoção
Ilusão, desilusão em todos os corações
Versejado e cantados como orações…
Tudo num universo que se toca com a mão,
Xailes enlaçam os traços
Dos rostos felizes em noites
De guitarradas com dedos afinados
Vozes emocionadas, versos ajustados…
Que seria da vida
Sem o fado, o poeta e guitarrista?
Tudo tão bairrista, tão nosso
Apregoado pelo mundo
O património da humanidade
Assinalado na nossa imensa herança,
Que seja em nós o perpetuar esta lembrança!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...
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