Jornada
Muito cedo, quando peguei a estrada, me senti tão pequena
Nesse imenso mundo sem você. Pensei;
Quanta cor, quanto sol, quanto encanto tem a natureza,
Parecendo me convidar à ser feliz, então vou por aí
Tentar viver, eu juro que vou.
Na mesma via que eu, iam as interrogações, acentuando
As minhas limitações. Enfiei o pé, sem mais olhar.
Não dei ouvidos, sozinha gritei bem alto;
Viver é percorrer o paraíso! Num jeito de nisso acreditar,
Pois correndo junto vinha a teimosa desilusão
E os milhões de pensamentos loucos, que fui deixando atrás.
... Para trás.
... Para trás.
Quando amamos demais, é muito difícil, deixar tudo para trás.
Distraída, recebendo o ar natural, quase atropelei o silêncio
Que com um olhar melancólico e tímido,
Vinha em minha direção,
Acenou, me pediu carona, não resisti, adoro a sua timidez.
E fomos, depois paramos precisávamos molhar a garganta,
Na beira do caminho, tomamos uma água, havia muita sede.
Continuamos a nossa jornada, eu não desistiria dessa vez.
E em nossa visão, plantas, galhos, cheiro de orvalho...
De tudo que passou por mim, eu preferi ficar com o silêncio,
E o silêncio dele, resignada, amo, respeito e me calo.
_ Liduina do Nascimento
Imagem - Luso Poemas
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visitante |
Publicado: 16/11/2017 12:24 Atualizado: 16/11/2017 12:24 |
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Re: Jornada
Um comovente poema que extrai dos sentidos aquele lindo e belo amor
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