Teu Gosto
Teu gosto me foge pelo canto da boca
Quando eu esqueço o sal dos teus beijos
Cruza na minha face à palidez oca
Reverberada de sons e desejos
Intensa é esta chama em castiçal desvelado
Quando tu fores serás apenas magia
Foges de mim todo o encanto desvendado
Sê tu de tão pouca valia
Para que haja carinho
Para que haja amor
Conjuga-se o verbo no éter e eu estarei sozinho
Ater-me-ei na desventura, seja onde for
Escapa-me os motivos da razão
Entre as loucuras deste meu querer
Iluminam-se meus lamentos e a minha solidão
E só me resta então, não estar e democraticamente morrer.
Alexandre Montalvan
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