A vida é uma estrada e enquanto a percorremos sobre obrigados a enfrentar os nossos maiores medos e receios.
E ao longo da caminhada vamo-nos cruzando com o que mais tememos.
Imaginemos, por instantes, um cruzamento, dois caminhos. O bicho papão surge à nossa direita e nós seguimos em sentido oposto. Caminhamos.
Nova encruzilhada. O monstrinho aparece lá outra vez. Sorri, faz pouco de nós, desafia-nos: "Enfrenta-me."
"Não", respondemos, "tenho medo" ou "não consigo". Fugimos sem olharmos para trás.
E assim continuamos, mas até quando? Até quando nos é permitido fugir, fazer de conta que não existe?
Até quando podemos ignorar e virar a cara?
Ou até quando aceitaremos que sejam essas as opções que tomamos na vida?
O não aceitarmos quem somos...
O não valorizarmos o que temos...
O não enfrentarmos o que tememos...
O estarmos constantemente em modo de fuga...
Que interessa se nos custa muito? Que interessa se enquanto mergulhamos na dor, nos sentimos sozinhos? Que interessa se nos perdemos? Que se interessa se demora a nos encontrarmos?
Que interessa se entre os caminhos não nos veem? Que interessa se ninguém nos ouve?
Que interessa tudo isso se temos pernas para andar, braços para construir, mãos para criar, cabeça para pensar e coração para sentir?
Se temos tudo o que precisamos em nós, por que lamentar o resto?
Que o dia presente seja o dia de vestir a armadura dourada e enfrentar os desafios.
Que escolhamos ser heróis aceitando tudo o que isso acarreta.
Andar em frente, seguir um rumo, dar um passo.... O que virá, o que se segue, o incógnito, a dúvida, podem ser assustadores, mas já não há no passado nada que nos sirva e, possivelmente, haverá muito pouco a que faça sentido nos agarrarmos.
Como dizia Sivananda: "March forward hero!"