no horizonte vejo o invisível

Gosto do teu poema.
O invisível, transparência ou a olho nú, soa muito a impossível.
O sujeito poético é multipartido.

Há horizontes vários, todos eles nos transportam para o universo da esperança.
Aqui, a "lonjura incriada" (gosto), a suavidade da seda na primeira estrofe, associada a um sentimento tão forte como o amor, coloca-nos perante um mote muito belo.
No horizonte, nessa distância indefinida e quase infinita, há a criação dum universo mais perfeito e puro.
Ainda que se guarde "a cor do momento" ao cerrar os olhos e num recanto qualquer da memória ele fique.

Ilusória a distância.

Acho curiosa a terceira estrofe.
Nela se vinca essa sensação de fracção, havendo um pedido de perdão do sujeito poético, em que este refere "que não nascem em mim as palavras de anjo". Tendo em conta a harmonia das estrofes, as várias imagens do horizonte em que somos bem apresentados a essa língua que tão bem escreves, fazes nos pensar que, no horizonte todos somos melhores.

Se a paixão der lugar ao amor que fervor...

Como gosto de te ler...

Abraço

Lindo poema, adorei! O amor verdadeiro é como o infinito não tem fim...Beijinho carinhoso Vólena

Zita

Confesso que é no horizonte
que vejo a ilusão do sonho
e que do amor vem a paixão.

Assim que deve ser!
Gostei imensamente!
Beijos!
Janna

Lindo e comovente texto, com todos os requintes de um Belo Horizonte. Creia-me me que as palavras chegaram aqui. Abraços, querida poetisa!

Acho o "...amor..." uma palavra desgastada.
Por ter um lado sagrado, gosto do uso de figuras de estilo como a metáfora, ou alegoria como alternativa...
No enquadramento certo pode ser inevitável. Usaste a dobrar, mas o poema é duma riqueza pouco vista por aqui...
Por favor, volta!

Abraço