Tresmalha-se a noite vagando pendurada
Em cada sílaba dos meus lamentos deixando
A luz insustentavelmente plantada na esquina de todas
As escuridões suplicando, encarecidamente requintadas
Por uma noite, a noite desmaiou nos braços meus
Esquadrinhando todo o silêncio atento, profano avassalador
Embriagando-nos de desejos tão levianos domando a feroz
Eloquência destes versos quase exógenos e insanos
À destra do tempo plantei aquelas gargalhadas embrulhadas
A um caudal de ilusões tão diluvianas madurando cada
Palavra que defenestro com crueldade quase tirânica
Imobilizo aquele perfume alimentando em slow motion
O cio que dreno em mil desejos frenéticos deixando a arisca
Noite cabisbaixa, serenamente esplendorosa, tacitamente apoteótica
FC