Os caminhos do amor
Nos tempos da mocidade
Deus traçou a minha sorte,
E nas asas da liberdade
Eu parti sem passaporte.
Eram os anos da inocência,
De uma vida feita em flor,
Onde os ventos da evidência
Me conduziam pró amor.
Percorri muitos caminhos
Sem rumo nem direcção
E entre rosas e espinhos
Procurei teu coração.
Nessa longa caminhada
Que eu vivi com tal ardor,
Tinha a fé incontestada
De achar um grande amor.
E no fim desse caminho,
Como raios de primavera,
Encontrei lá num cantinho
Dois braços à minha espera.
Fez-se o sonho realidade,
Nessa hora à tua beira,
Começou a felicidade
Contigo prá vida inteira.
Os versos deste poema
Hoje são velha paisagem,
Mas eu nunca senti pena
De ter feito essa viagem.
Rama Lyon