… e o fim é um espaço inequívoco
de um epílogo qualquer
ao compasso da sedução
e do tépido imprevisto,
destino.
Uma vereda angustiada
começa a gotejar
o acre dos afagos…
– no sortilégio do sentimento
cabem os silêncios amantes
dos momentos convulsivos
de um tempo a prumo,
pelo sémen do pensamento.
… e o fim é uma cicatriz aberta
pelo sonambulismo das manhãs
– alvoradas peçonhentas de vazios
desventradas de saudosos mimos
na palha crispada dos corpos quentes,
presos aos diálogos de amor
doloroso esquecer por entre os escombros.
… e o fim é um lugar inquebrável
que dá aos olhos ganas de gritar
– a severa linguagem dos tempos,
inexactos nos passos,
testemunho fidigno dos temporais
que urgem nas aurículas
da paixão abandonada
antes do fruto amadurecer,
suspenso na cor do futuro!
E o fim é sempre triste…
Melancólico… assassino…